Passeio de domingo

Hoje meu post com Juju é diferente. Não se trata ao retorno aquele formato que o blog tinha antigamente, de diário. Mas aconteceram tantas coisas interessantes, em vários aspectos, que acho que vale a pena narrá-las.

Julia e eu saímos hoje para passear por São Paulo (assim como ontem). Ela adora andar de ônibus e metrô (e escadas rolantes etc), adora isso, como se estivesse no Playcenter. Como não tinha idéia do que fazer e onde ir, pensei em pegar o primeiro ônibus que passasse. Como hoje é domingo as conduções públicas estão bem mais vazias do que durante a semana. Então, pegamos o ônibus que nos levaria até a Praça de Sé.

Pelo percurso Juju ia olhando pela janela e começou a fazer os movimentos estereotipados, tentei observar qual era seu ponto de foco, e ela não estava olhando para a paisagem, ela olhava para as plantas que passavam “voando” pela janela. Depois era o próprio reflexo que a encantava. Uma coisa legal que existe no centro de São Paulo são as ciclovias. Você pode ir com sua bicicleta de metrô e fazer um passeio pelos principais lugares históricos do centro da cidade (ainda vou fazer isso um dia).

Chegando na Praça de Sé, meu intuito era mostrar os espelhos d’água e chafarizes que existem lá, mas estava cheio daquele povo que não tem para onde ir e vive nas ruas e não me senti seguro para andar lá com ela. Então entramos na estação Sé (cheia de escadas rolantes)… Jujú adora subir e descer as escadas pondo a mão na lateral da escada e sentindo sua mão ir passando pelo aço. Numa das entradas achamos um painel do Claudio Tozzi, feito de pastilhas todo cheio de cores. Ali fiz com que Julia me achasse as cores. Ia falando: “amarelo”e ela ia apontando. Assim fizemos todas as cores do painel, com muitos acertos dela.
Pegamos o metrô e fomos até a Praça da República. Lá chegando nosso objetivo era achar um brinquedo pra Jujú. Eu não tinha muito dinheiro comigo, mas por sorte, qualquer boneco que ELA escolha faz tanto sucesso quanto uma pelúcia da Disney, ou de grife. Assim, achamos um sapo (Julia ama sapos, como alguns sabem), mas ele era um chaveiro. Então Jujú customizou o sapo à moda dela arrancando o fio que unia o sapo ao chaveiro. Depois ela arrancou um coração que estava grudado ao peito do bicho. Parei numa das barracas da praça e pedi uma tesoura emprestada, para fazer o acabamento, tirar as reberbas e a etiqueta, que estava pendurada e ainda incomodava Jujú.

Feito isso pegamos um caminho onde os artistas voltaram a expor suas obras na Praça da República (algumas administrações anteriores tiraram esse importante evento, um dos ícones do próprio local). Fiquei ali andando com ela sem falar nada de propósito, esperando o momento que ela notasse o que era aquilo…

De repente ela parou, olhou para um quadro e disse: “AaaaaaAa” eu olhei pra ela é disse “É Jujú, são quadros” e começamos a passear ali em meio às obras, umas chamando mais a atenção de Jujú do que outras. A uma certa altura ela parou em frente a um quadro que tinha uma linda vista de uma praia, apontou e sorriu. Outra vez foram uma série de quadros minimalistas que, pela quantidade de detalhes que continha e cores, a chamaram muita atenção.

Pegamos um ônibus para voltar para casa e, pelo caminho, Jujú descobriu que o sapo coaxava quando lhe apertavam a barriga. Eu já estava feliz como sapo, agora seu custo x benefício disparou depois das coaxadas…
E assim terminou a primeira parte do nosso domingo, bom final de domingo à todos!

Fico devendo as fotos desse passeio, hoje não foi possível fotografar, mas nos próximos passeios levarei a câmera. Pra compensar abaixo a foto da primeira espinha da Jujú, no queixo (marquei com uma seta). Minha filhota ta virando pré adolescente! 🙂

espinha

3 Comentários

  1. Ela e linda!

  2. Daniela Laidens

    Martim, que texto bem legal! E que domingão lindo!!! Você é um paizão. E, pelo que vejo a dona Juju vai se encaminhar para as artes plásticas, hein!!!

    • textwebwriter

      Legal Ana e Daniela. Procuro sempre fazer dos nossos passeios situações proveitosas. Acho que não importa muito onde nós vamos, mas COMO nós vamos. Gosto de tentar sentir e procurar ver quais são os pontos de interesse de Jujú, para através deles, estimula-la em vários sentidos. Outra coisa: nesses passeios no metrô por exemplo, faço ela se utilizar dos locais para pessoas deficientes. Normalmente deixo ela interagir com os funcionários para eles perceberem que ela tem um déficit de fala, mas se me perguntam, digo que ela é autista. Assim como vcs, Ana e Daniela, não tenho vergonha do autismo da Jujú. Outro dia escutei assim: “Ela ta fingindo né?” de uma senhora que Júlia pegou no braço (e ela puxou assim, assustada). Para essa eu respondi: “Tá sim, ela é uma ótima atriz”, rsrsrsrs

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